quinta-feira, 26 de abril de 2018

Área de testes nucleares da Coreia do Norte sofreu desabamento parcial

Área de testes nucleares da Coreia do Norte sofreu desabamento parcial, diz estudo chinês.




A área subterrânea de testes nucleares da Coreia do Norte sofreu um desabamento parcial após o último teste do país, concluíram sismólogos chineses.
O líder norte-coreano Kim Jon Un anunciou no sábado uma suspensão dos testes nucleares e o fechamento de Punggye-ri,  local em que a Coreia do Norte realizou seis testes nucleares entre 2006 e 2017.
O anúncio aconteceu poucos dias antes de uma reunião de cúpula entre Kim Jong Un e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in que está prevista para sexta-feira (27).
O sexto e último teste nuclear norte-coreano, o mais potente de todos, gerou no dia 3 de setembro do ano passado um abalo sísmico de 6,3 graus de magnitude, também sentido no território chinês.
A Coreia do Norte afirmou na ocasião que testou uma bomba de hidrogênio.
A explosão provocou deslizamentos de terra e tremores secundários, o que levou alguns cientistas a considerar a hipótese de que o monte Mantapsan sofria da "síndrome da montanha fatigada". Esta síndrome descreve uma área cuja estrutura geológica foi enfraquecida por explosões nucleares subterrâneas recorrentes.
Dois estudos de especialistas chineses mostram que  um tremor secundário de 4,1 graus, registrado oito minutos depois da explosão, provocou um deslizamento de rochas dentro da montanha.
"É necessário continuar vigiando eventuais vazamentos de material radioativo provocados pelo desabamento", afirma um resumo publicado na internet de um estudo da Universidade da Ciência e Tecnologia da China.

" O desabamento condena a não utilizar as infraestruturas subterrâneas do monte Mantapsan para teste nucleares", consideram os autores do estudo.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Fotógrafo captura os movimentos do ballet com imagens em longa exposição - Artes

Os movimentos de bailarinos no ar são desenhos que, na maioria das vezes, só podem ser materializados com nossa imaginação. O fotógrafo brasileiro Jan L. Engels Jr., resolveu esse mistério com uma pitada de criatividade. Em seu projeto Balled, Engels utilizou luzes de LED para pintar os movimentos do ballet clássico em fotografias de longa exposição.
“Eu considero inovador porque, embora a técnica seja conhecida, eu não encontrei referências a um ensaio como este em lugar nenhum”, diz Jan em sua publicação no Bored Panda.
E a ideia surgiu de uma forma bem inusitada: Jan fazia tentativas frustradas de capturar raios com sua câmera fotográfica. Já entediado durante o processo de longas exposições, pode notar os rastros dos carros nas fotos. Ao mesmo tempo ele olhava algumas fotos de dança em seu celular. Foi aí que resolveu misturar ambos.
Mas a execução da ideia não foi tão fácil. Foram 2 meses de preparação, em seguida captura e edição das fotografias. As luzes foram a parte mais difícil, pois ele precisava conseguir uma iluminação que criasse o efeito imaginado, mas tão leve que não atrapalhasse os bailarinos na hora da dança.
“Depois de muitas tentativas e erros, chegamos ao segundo grande desafio, que foi encontrar um lugar grande o suficiente, mas ao mesmo tempo escuro.  Pela falta de opções selei com tela todo o salão do meu prédio”, conta o fotógrafo sobre o processo final.

NEOIMPRESSIONISMO - Artes

O termo foi utilizado pela primeira vez em 1886, na última exibição impressionista em Paris, pelo crítico de arte Félix Féneon (1861-1944), diante da obra Um Domingo de Verão na Grande Jatte, de Georges Seurat, reconhecido como líder da nova tendência artística.
Se a famosa tela de Seurat compartilha o gosto impressionista pelas pinturas ao ar livre e pela representação da luz e da cor, o resultado obtido indica outra direção. Em lugar do naturalismo e da preocupação com os efeitos momentâneos de luz, próprio dos impressionistas, o quadro de Seurat expõe figuras de corte geométrico que se apresentam como manequins sobre um plano rigorosamente construído com base em eixos horizontais e verticais. Os intervalos calculados entre uma figura e outra, as sombras formando ângulos retos e a superfície pontilhada atestam a fidelidade a um programa teórico apoiado nos avanços científicos da época.
Georges Seurat fundou o estilo por volta de 1884 como Cromoluminarismo, inspirando-se em seu próprio entendimento das teorias científicas de Charles Henry, Michel Eugène Chevreul, Odgen Rood, e David Sutter. O Divisionismo desenvolveu-se junto com outro estilo, o Pontilhismo, que se define especificamente pelo uso de pontos de pintura e não tem como enfoque a separação das cores.
Quando Monet passou a pintar sistematicamente a mesma igreja para mostrar as modificações trazidas pela luz incidindo sobre um objeto, tem início uma renovação dentro do Impressionismo. O Neoimpressionismo é uma reação ao empirismo e à improvisação impressionista, a tudo o que é ocasional ou passageiro. Os artistas neoimpressionistas pesquisam a cor retínica e o espaço ótico a partir das leis da fisiologia da visão.Esses artistas acreditavam que a separação das cores transmitia uma maior vibração aos olhos do observador do que a mistura convencional dos pigmentos na paleta.
A cor é levada à tela por pequenos toques (pontos), dividida em tom e subtom, daí em o termo Pontilhismo e Divisionismo. O pintor neoimpressionista volta ao ateliê, trabalha de modo sistemático, científico e racional, estruturando a formalidade na pintura. As cores não são representadas diretamente: elas nascem da justaposição de tons, calculados em função de seus efeitos óticos. O olho recompõe a distância o conjunto de pontos e traços minúsculos aplicados sobre a tela de forma paralela ou perpendicular.
O pontilhismo provoca uma geometrização das formas, que são conectadas umas às outras, de modo cadenciado, por arabescos decorativos.
TEORIA DA COR
Gramática das artes no Design, por Charles Blanc, introduziu Seurat nas teorias de cor e visão que estimularia o Cromoluminarismo. A obra de Blanc, recorrendo à teorias de Michel Eugène Chevreul y Eugène Delacroix, expôs que a mistura ótica produziria cores mais vibrantes e puras que o processo tradicional de misturar pigmentos. Misturar os pigmentos fisicamente é um processo subtrativo da cores primárias, vermelho, amarelo e azul. Por outro lado, caso se misture a luz da cor, uma mistura aditiva resulta, um processo no qual as cores primárias são vermelho , amarelo e azul. A mistura ótica que caracterizou o Divisionismo – o processo de mistura cor por justaposição de pigmentos- é diferente das misturas subtrativas e aditivas, ainda que combinar cores em misturas óticas funcione da mesma maneira que uma mistura aditiva, as cores primárias são as mesmas. Na realidade, os quadros de Seurat não conseguiram a mistura ótica verdadeira; para ela, a teoria mais útil para causar vibrações de cor, onde as cores opostas colocadas perto intensificariam a relação entre as cores enquanto preservariam sua identidade singular.

Na teoria de cor divisionista, os artistas representaram a literatura científica  depois de fazer a luz operar em um dos seguintes contextos:
Cor local: como o elemento dominante do quadro, a cor local refere-se a verdadeira cor do tema, tal como a grama é verde e o céu é azul.
Sol Direto: Corresponde aos amarelos e laranas, que representam a ação do sol intercalando-se com cores naturais para dar  o efeito da luz solar direta.
Sombra: Pode-se utilizar cores como azul, vermelho e roxo para simular escuridão e sombras.
Luz refletida: Um objeto que está ao lado de outro em um quadro poderia projetar cores refletidas.
Contraste: Para tirar proveito da teoria do efeito de contraste Chevreul , pode-se colocar as cores opostas muito próximas.
Destacamos alguns artistas:
Georges Seurat (1859-1891) pintor francês. ele se formou na Escola de Belas Artes, e, como tal, suas obras iniciais eram mais no estilo clássico. Em 1883, Seurat e seus colegas começaram a explorar maneiras para expressar toda luz possível na tela. Em 1884, com a exposição da sua primeira obra importante, Um Banho em Asnieres, seu etilo começou a tomar forma com uma consciência do impressionismo, mas não estabeleceu sua teoria de Cromoluminarismo até a finalização da grande obra Um Domingo de Verão na Grande Jatte, em 1886. A princípio essa obra foi pintada com o estilo divisionista, até que Seurat a revisou no inverno de 1885-6, realizando suas propriedades óticas segundo suas interpretações sobre as teorias cientificas de cor e luz. Tal como Mondrian e Leonardo da Vinci, Seurat também recorreu à técnica da simetria dinâmica usando retângulos de ouro nas suas pinturas. A causa da morte de Seurat é incerta, e tem sido atribuída a uma difteria. Seu filho morreu duas semanas depois dele da mesma doença. Seu último trabalho ambicioso, O Circo, foi deixado inacabado.
Paul Signac (1863-1935) pintor francês, famoso por desenvolver a técnica pontilhista junto com Georges Seurat. As teorias de Seurat intrigaram muitos de seus contemporâneos, pois eram artistas que buscavam uma reação contra o impressionismo associado ao movimento neoimpressionista. Paul Signac, em particular, tornou-se um dos principais proponentes da teoria de divisão, especialmente após a morte de Seurat em 1891. Na verdade, o livro de Signac, chamado De Eugène Delacroix ao Neoimpressionismo, publicado em 1899, foi onde ele cunhou o termo Divisionismo e foi amplamente reconhecido como o manifesto do Neoimpresionismo.
Henri-Edmond Cross (1856-1910) pintor francês. Ele estudou na Escola Acadêmica de Design e Arquitetura de Lillle. Mudou-se para Paris em 1881 e continuou seu treinamento no estudo do atelier de Émile Dupont-Zipcy. Naquele ano, exibia seus quadros pela primeira vez. Decidiu trocar seu verdadeiro sobrenome Delacroix para Cross, para não ser confundido com o famoso pintor romântico Eugène Delacroix. Colaborou com a Sociedade dos Artistas Independentes, onde conheceu os pintores neoimpressionista Seurat, Dubois-Pillet e Angrand. O ano de 1891, com a morte de Seurat, foi decisivo em sua carreira. Nela, ele pintou sua primeira pintura neo-impressionista, Retrato da Sra Cruz, e por causa de problemas com reumatismo, mudou-se para viver no sul da França, primeiro a Cabasson e, finalmente, Saint-Clair, onde permaneceu pelo resto de sua vida, com exceção das duas estadias na Itália, em 1903 e 1908 e as visitas anuais à Paris para expor no Salão dos Independentes. Ele morreu de câncer em 16 de maio de 1910, em Saint-Clair.

Trump e Kim Jong-un vão se encontrar em maio - Atualidades

     Segundo o conselheiro de Seul, Kim Jong-un expressou "ansiedade" para encontrar Trump. Além disso, ele disse que o governo da Coreia do Sul está otimista com a resolução do impasse nuclear com o Norte.
     Outrora inimigos públicos, os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Coreia do Norte, Kim Jong-un, vão se encontrar em maio para discutir a desnuclearização da península coreana. A informação foi divulgada na noite desta quinta-feira pelo conselheiro nacional de Segurança de Seul, Chung Eui-Yong, que foi a Washington entregar uma carta com o convite.
     "Eu disse ao presidente Trump que, na reunião que tivemos, o líder norte-coreano disse estar comprometido com a desnuclearização da península", afirmou Chung. "O presidente Trump agradeceu as informações e disse que iria encontrar Kim Jong-un até maio para tratar do assunto."
     Segundo o conselheiro de Seul, Kim Jong-un expressou "ansiedade" para encontrar Trump. Além disso, ele disse que o governo da Coreia do Sul está otimista com a resolução do impasse nuclear com o Norte.

Mitos e preconceitos dificultam combate ao feminicídio - Atualidades

Apesar de avanços na legislação, assassinatos de mulheres continuam a esbarrar na falta de compreensão da sociedade e da Justiça, afirma promotora.

Em 1º de março, uma mulher foi morta a tiros em um posto de gasolina na Zona Norte de São Paulo, na frente de amigos, durante uma confraternização. O autor é um homem desconhecido, que depois de chamar a moça para conversar a sós atirou na cabeça da vítima no momento em que ela decidiu ir embora.
No mesmo dia, em Osasco, um homem assassinou a facadas a companheira durante uma discussão, em casa. Esperou a polícia chegar ao local e justificou o crime alegando que teve a "honra” ferida pela vítima.
Também em Osasco, um homem matou a facadas a namorada durante uma briga no último domingo 1º. Ele fotografou a vítima morta e enviou as fotos para a filha dela pelo Whatsapp.
Além da proximidade temporal, o que une esses três crimes é o tipo de crime: feminicídio, um assassinato cuja motivação envolve o fato de a vítima ser mulher.
Se os crimes acima tivessem ocorrido há mais de três anos seriam julgados apenas como homicídios, pois a Lei 13.104, que inseriu no Código Penal brasileiro o crime de feminicídio, entrou em vigor em 9 de março de 2015.
Promulgada pela ex-presidente Dilma Rousseff, a Lei do Feminicídio é a segunda ação afirmativa do País, no âmbito da Justiça, no combate à violência contra a mulher. A primeira foi a Lei Maria da Penha, em vigor desde 2006, que especifica e criminaliza a violência doméstica. Apesar das duas leis, o assunto ainda é polêmico no Brasil.
"Tanto o feminicídio quanto a violência de gênero são temas marcados por preconceito e falta de compreensão, porque são crimes que ocorrem, na sua maioria, no âmbito familiar e dentro de casa, e nossa sociedade não quer falar sobre isso, que julga privado", afirma a promotora de Justiça Valéria Diez Scarance Fernandes, coordenadora do Núcleo de Gênero do Ministério Público do Estado de São Paulo.
Para Fernandes, tanto a Maria da Penha quanto a Lei de Feminicídio foram bastante divulgadas e são conhecidas da população, mas isso não significa que a sociedade tenha entendido o que é violência contra a mulher. 
"Persistem muitos mitos, como a ideia de que a reconciliação do casal resolve a violência ou que, se a vítima se retrata e não segue adiante com a denúncia, é porque não corre risco de morte", diz.
Além dos preconceitos da sociedade, há preconceitos no próprio âmbito judicial. "Atualmente, o feminicídio tem sido incluído nas acusações formuladas perante os juízes. Mas ainda não garantimos que em todos esses processos estejam tendo julgamento justo, que desvincule essas mortes de alegações infundadas de traição e de 'paixão' não correspondida", aponta a promotora. 
Segundo Fernandes, essas situações ainda existem nos tribunais e resultam em penas mais leves em alguns casos. "Também há juízes, por exemplo, que não dão credibilidade à palavra da vítima ou exigem testemunhas, o que é um absurdo, pois em regra a violência acontece dentro de casa", diz a promotora, destacando que apenas 3% das vítimas que sofreram ataques feminicidas tinham medidas protetivas.
Decisões judiciais errôneas, para a promotora, são o lado mais obscuro do problema, pois é o momento em que o Estado abandona uma vítima numa relação violenta sem ter proteção, mesmo após ela haver procurado ajuda formal.
"Estimular a mulher a romper o silêncio é uma ação, mas saber ouvir a  vítima é fundamental. Essas duas ações, casadas, constituem os principais antídotos para o feminicídio hoje no Brasil", defende.
Fernandes coordenou uma pesquisa no MP-SP cujos resultados foram apresentados no relatório Raio X do Feminicídio em São Paulo, divulgado em março, mês de aniversário da Lei 13.104.
O principal padrão que a pesquisa apontou foi o local do crime: dois terços dos feminicídios ocorridos no estado de São Paulo no último ano ocorreram na casa da vítima. Na maioria dos casos analisados, a vítima tinha laço afetivo com quem a matou. A motivação do crime alegado por esse tipo de agressor que conhecia a vítima também seguiu um padrão. 
"Aproximadamente metade dos feminicídios consumados ou tentados ocorreu depois do rompimento da relação. Em outros 30% dos casos, os argumentos foram sentimentos de posse e ciúme", descreve a integrante do MP.
"Encontramos nos processos relatos chocantes desses agressores, como os de que o parceiro matou ou tentou matar a mulher porque ela 'interferiu em uma conversa de homem', 'chamou a atenção do parceiro pedindo para abaixar o volume do rádio', 'chegou tarde do trabalho em casa', 'mencionou o sobrenome do ex-marido'".
As armas utilizadas seguem um padrão: em 58% dos assassinatos analisados foram cometidos com armas brancas, como utensílios domésticos e ferramentas caseiras, e em apenas 17% deles houve uso de arma de fogo.
De acordo com a promotora, existe uma "assinatura" do crime feminicida: a maioria das lesões no corpo da vítima ocorrem em áreas vitais. A vítima já tinha marcas de agressão física antigas no corpo. No crime, há grande intensidade e força envolvidas nas agressões e no uso da arma homicida. E após o ato cometido, o feminicida costuma se entregar voluntariamente, tenta suicídio ou comete suicídio de fato.
O estudo analisou 364 casos de feminicídio registradas em 121 cidades paulistas entre março de 2016 a março de 2017. Por existir um padrão nesses crimes, a conclusão da pesquisa é a de que, na maioria dos casos é possível prevenir o feminicídio.
"Feminicídio é o capítulo final de uma história de violência vivida por uma mulher. Se essa história é identificada a tempo, a morte pode ser evitada", afirma Fernandes.

Impasses ajudam a impunidade no assassinato de Marielle e Anderson

Sete meses e 28 dias se passaram desde que a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados na Rua Jo...