A música para a maioria das pessoas é uma forma de expressar
sentimentos, desejos, frustrações, conceito que não está muito longe da
realidade, pois durante muito tempo a música foi utilizada como forma de “abrir
os olhos da humanidade” para as questões que afligiam o mundo, como a guerra, a
discriminação, a opressão, etc.
Para muitos músicos, a canção não deve falar de coisas banais,
mas sim, explorar letras na tentativa de mudar a realidade cruel em que grande
parte do mundo vive, é buscar através da música a liberdade para a humanidade.
A música com referência ideológica existe há muito tempo, mas
foi a partir da década de 1960 que a música, como forma de protesto, ganhou
popularidade, em especial com as bandas britânicas Beatles e Rolling Stones,
com a expressividade do rock. Levantando diversas questões como, por exemplo,
discussões em favor da liberdade de expressão, pelo fim das guerras e do
desarmamento nuclear, idealizando um mundo de “paz e amor”, com músicas como;
“Revolution” (Beatles) e “We Love You” (Rolling Stones). Durante a Guerra do
Vietnã, outras bandas entraram na onda de protestos.
Em 1964, no Brasil, a repressão e a censura instauradas pelo
regime militar deram origem a movimentos musicais que viam na música uma forma
de criticar o governo e de chamar a população para lutar contra a ditadura. Os
grandes nomes desse período foram Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque,
Geraldo Vandré, entre outros. Usando na letra de suas músicas metáforas e
ambiguidades, títulos como: “É Proibido Proibir”, “Que as Crianças Cantem
Livres” e “Para Não Dizer que Não Falei das Flores” fizeram sucesso na época e
até hoje ainda fazem.
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