sábado, 5 de maio de 2018

Aisha Mohammadzai (em língua pachtoبی بی عایشه), também escrito como Bibi Aisha o Aesha Mohammadzai é uma mulher afegãque teve o rosto mutilado após tentar protestar contra o regime de seu país e de sua família.[1][2]
Ficou famosa principalmente após ser capa da revista Time no verão de 2010, após sua aparição no Daily Beast em dezembro de 2009.[3][4][5]
Ela foi dada de presente pelo seu pai para uma família como uma compensação de um crime que ele cometeu, quando ela tinha 12 anos de idade.[6][7][8][9][10]
No dia 09 de agosto de 2010, a revista Time publicou em sua capa uma foto que mudou a vida de uma garota para sempre. A fotógrafa sul-africana Jodi Bieber, em um campo de refugiados em Kabul, registrou a imagem da jovem Bibi Aisha, então com 18 anos, com seu belo rosto marcado por uma severa mutilação do nariz.
O tio de Bibi Aisha matou um homem e como indenização precisou oferecer duas sobrinhas para a família da vítima. Ela foi aprisionada em um estábulo até o dia em que menstruou, sendo então entregue ao homem que seria seu futuro marido. Sofrendo com sucessivas torturas e espancamentos Bibi conseguiu fugir mas não durou muito tempo nas ruas pois ao ser avistada sozinha foi imediatamente presa: segundo o regime Talibã, mulheres não podem andar sem a guarda de um homem.
Seu pai a encontrou na prisão após quatro meses e precisou devolvê-la a família do marido. Como punição, seus cunhados e o marido arrancaram seu nariz e orelhas com uma faca. Este seria um castigo exemplar e serviria como aviso para todas as mulheres que ousassem desobedecer seus homens. Logo após o evento, o sogro de Bibi foi visto andando com seu nariz pelas ruas como se fosse um troféu enquanto ela foi deixada para morrer nas montanhas.
A vida de Bibi Aisha foi salva por um grupo de civis que faziam trabalho humanitário no Afeganistão. Ela estava sem nariz, orelhas, autoestima, dignidade; sem forças pra viver. Após ser capa da Time, sua vida mudou. Ela foi para os EUA onde recebeu atendimento de psicólogos e passou por cirurgias de reconstrução.
O uso político desta imagem foi imediato, principalmente em um período onde os americanos lutavam para que o mundo aceitasse sua permanência no Afeganistão

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