1. Favelização
O cenário habitacional é um forte indício da condição de desigualdade. O aglomerado de casas, em grande parte construídas nos morros, contrasta com as mansões e as casas em condomínios fechados.
Muitas vezes localizam-se muito próximas umas às outras, o que torna o contraste ainda mais chocante.
As favelas não passam por qualquer tipo de planejamento e as casas tendem a aumentar à medida que as famílias crescem.
Por outro lado, isso não acontece com as casas nobres, as quais são cuidadosamente projetadas.
2. Desigualdade alimentar
Há pessoas que não têm condições para comer o mínimo necessário. Muitos passam fome, decorrendo daí quadros de desnutrição e muitos casos de mortalidade infantil.
Acresce que a prioridade na hora de comprar os alimentos é dada aqueles que sustentam mais, embora nem sempre sejam os mais saudáveis.
Por outro lado, existe uma fatia da sociedade cuja quantidade e, especialmente, a qualidade dos alimentos, é garantida diariamente.
3. Falta de saneamento básico
A realidade da falta de esgoto sanitário, do tratamento de distribuição de água, entre outros, infelizmente ainda faz parte do cotidiano de milhares de brasileiros.
Sujeitas a uma série de doenças, a falta de saneamento básico pode levar pessoas à morte. Esse é um problema presente nas periferias e mais evidente na região norte do Brasil, mas que passa ao lado da classe alta brasileira, em cujos locais habitados e frequentados estão garantidos o tratamento dos esgotos e a coleta do lixo.
4. Ensino de baixa qualidade
O acesso às escolas públicas é usufruído pelos que têm menos possibilidades. Isso porque quem pode dispensa o ensino oferecido pelo Estado, cuja condições são muitas vezes precárias, e investe nas escolas pagas.
A diferença é marcada pelos salários dos professores, muito superior na rede particular, o que se traduz no incentivo para dar aula. Além disso, a infraestrutura e os materiais disponibilizados nas escolas privadas reforçam as diferenças entre ambas as situações.
5. Menos formação
Além da diferença na qualidade do ensino, quem tem mais poder aquisitivo pode completar a educação acadêmica aderindo a cursos, muitas vezes de valor elevado.
Os cursos de aperfeiçoamento, bem como as experiências no exterior, são práticas comuns entre os mais favorecidos socialmente. Dos intercâmbios, eles também levam a oportunidade aprender uma segunda língua.
Melhor preparados, os mais favorecidos ultrapassam o nível dos que têm menos oportunidades, o que é mais uma prova de desigualdade social.
6. Desemprego
Depois de usufruir de um ensino melhor, os candidatos mais qualificados também podem aproveitar um leque de oportunidades de trabalho mais abrangente.
Apesar de não ser garantia para conseguir uma vaga no mercado de trabalho, quando não há muitas vagas, o diferencial é o fator de desempate.
7. Precariedade na saúde pública
Os mais pobres recorrem aos hospitais públicos, deparando com a falta de profissionais e outros.
A carência financeira pode ser tão grande que a falta de materiais e de medicamentos se torna uma realidade para as pessoas atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Enquanto isso, os mais ricos recorrem aos hospitais privados ou clínicas. Neles a gestão de recursos geralmente é mais eficaz e há tecnologia para assistir a necessidade dos seus pacientes.
8. Precariedade no transporte público
Os meios de transporte também fazem a diferença na vida das pessoas com mais ou menos renda.
A alternativa dos mais carenciados é a utilização de transporte coletivo, muitas vezes, superlotado. Na maior parte do Brasil esse é um serviço ineficiente, principalmente porque não garante acesso a toda a população.
Os mais favorecidos recorrem ao seu próprio meio de transporte. Apesar do estresse do trânsito, eles podem planejar de forma mais independente os seus horários e percursos.
Garantem também o benefício de poder transportar suas coisas e ir sempre sentado, entre outros.
9. Falta de acesso à cultura
A população mais favorecida tem mais oportunidade para usufruir de uma variedade alargada de atividades. São exemplos viagens, concertos e visitas a museus e exposições.
Esses acessos, infelizmente, são restringidos a uma grande parte da população brasileira. Isso porque certas atividades têm um grande peso no orçamento de uma família e, assim, entram na lista das prioridades menores, que acabam não sendo usufruídas.
Acontece que essas atividades aumentam a qualidade de vida das pessoas, além de que alarga o seu nível cultural.
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