quarta-feira, 7 de novembro de 2018

O padrão de beleza imposto pela sociedade realmente importa?

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A sociedade tem a mania de julgar os outros “Se ela fosse mais magra, seria bonita”, “Até que o rosto é bonitinho, se tivesse mais corpo, seria bonita”, “Se o cabelo dela fosse liso, iria valorizar muito mais”. Todos esses “se” parecem não acabar nunca. E com isso, essas pessoas, influenciadas pela mídia, acabam diminuindo a auto-estima das pessoas, a troco de nada.
A internet, a televisão e as revistas de moda sempre mostram aquele padrão de beleza impostos por elas mesmas que nós já conhecemos de cor. E muitas pessoas se sacrificam por esse estereótipo de beleza ideal. E eu não estou falando daquela dieta de comer docinhos que sempre marcamos de começar na segunda, ou das promessas de freqüentar mais a academia. Estou falando de ficar dias sem comer praticamente nada, ingerir remédios sem nenhum acompanhamento médico, cirurgias estéticas sem controle, entre muitos outros artifícios usados para tentar alcançar a “beleza ideal”. E nessa busca, mulheres sofrem, ficam doentes e até mesmo acabam morrendo.
E essa aflição em sempre querer parecer mais bonita tem atingido as pessoas cada vez mais cedo. De acordo com uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o número de cirurgias plásticas realizadas em adolescentes entre 14 e 18 anos subiu de 37.740 procedimentos em 2008 para 91.100 em 2012, ou seja, mais que dobrou em quatro anos.
O Brasil é o país que mais realiza cirurgias plásticas no mundo, sendo a lipoaspiração e a colocação de próteses mamárias os procedimentos campeões nas clínicas de estética (leia mais aqui) Isso te diz alguma coisa? Porque isso me diz alguma coisa. Isso me diz que a mídia e a sociedade impõem a todas elas serem mulheres “perfeitas” e elas se sentem forçadas a realizar isso. Mas deixa eu dizer uma coisa, isso não existe. Cada mulher é de um jeito, tem o seu tipo de corpo, cabelo, rosto, unha e cada uma é linda do jeito que é. Ninguém tem obrigação de se sentir mal do jeito que é. Se quiser emagrecer, alisar o cabelo, fazer plástica, tudo bem; é uma opção e ela pode fazer isso se for pra se sentir bem consigo mesma. O que não pode é fazer isso por se sentir mal por não ser igual a modelo da revista.
Muito magra, muito gorda, muito baixa, muito alta. Nada é o suficiente pras pessoas. Mas quer saber? Não tem que ser mesmo. Ninguém tem nada haver com a vida de ninguém. Se eu me sinto bem do jeito que eu sou, é a única coisa que importa.

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