sexta-feira, 4 de maio de 2018

movimentos feministas no Brasil




Origem
No século 19, a condição da mulher brasileira acompanhava as desigualdades sociais e econômicas do país. O Brasil era uma sociedade baseada na escravidão que oprimia tanto a mulher negra na sua condição de escrava; e a branca, restrita às tarefas do lar.
Durante o Império foi reconhecido o direito à educação feminina. Neste campo, a escritora potiguar Nísia Floresta Augusta é considerada precursora do feminismo brasileiro. Professora e educadora, funda a primeira escola para meninas no Rio Grande do Sul e, posteriormente, no Rio de Janeiro.
A partir da obra da inglesa Mary Wollstonecraft, Nísia Augusta redige vários livros e artigos nos jornais sobre a questão feminina, o abolicionismo e o republicanismo. Suas obras Conselhos a minha filha, de 1842; Opúsculo humanitário, de 1853 são apontadas como as primeiras sobre feminismo no Brasil.
Também começam as reivindicações pelo direito de voto, tal como acontecia nos Estados Unidos e na Inglaterra. Cumpre destacar o caso da dentista Isabel Mattos Dalton que se aproveita da condição de diplomada para exercer seu direito de voto no Rio Grande do Sul, ainda que seja um caso isolado.
Destacam-se personalidades como Chiquinha Gonzaga, pianista e compositora, que não aceitava usar um pseudônimo masculino para assinar suas obras.
Leia mais sobre o Voto Feminino no Brasil.

Século XXI
O movimento feminista no Brasil acompanhou as demandas do novo milênio com a inclusão de novos temas à sua agenda como a diversidade sexual, racial e o questionamento da maternidade como uma obrigação. Através das redes sociais e blogs, a nova geração de feministas encontrou uma plataforma para expor suas ideias.
Em 2006, durante o governo Lula, foi sancionada a Lei Maria da Penha que pune com mais rigor os casos de violência doméstica. A lei foi saudada como um grande passo para a prevenção da violência doméstica contra as mulheres.
Igualmente, cresceu dentro do movimento feminista, a preocupação com o corpo da mulher e o uso que a sociedade, os homens e ela mesma fazem deste corpo. Neste sentido, a organização Marcha das Vadias é um exemplo do uso do corpo feminino como protesto, pois as mulheres comparecem às manifestações vestindo poucas roupas.
No Brasil, continua a luta pela erradicação da violência doméstica, maior representatividade política, direito ao parto natural, amamentação em lugares públicos, direito ao aborto, e o fim de uma cultura que coloca a mulher submissa ao homem.

No entanto, um grupo de mulheres que não compartilha com os objetivos de certas correntes do feminismo, também desponta. Assim movimentos como Moça, não sou obrigada a ser feminista e Mulheres contra feminismo que se posicionam contra certos planteamentos de algumas vertentes do feminismo contemporâneo.

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